Tenho lido um filósofo chamado Mário Sérgio Cortella (recomendo muito!!!)que, em um de seus livros, chamado "Não Nascemos Prontos" propõe várias análises sobre o mundo moderno.
Tenho duas passagens preferidas nesse livro. Numa delas ele mostra o absurdo da estrutura familiar moderna. Hoje em dia, uma família de prepara toda, a mulher coloca uma roupa bacana, o homem lava o carro, os filhos ficam todos eufóricos porque vão sair pra comer fora, e vão a um restaurante comer, o que? COMIDA CASEIRA!!!
Outra passagem: Com a correria do dia a dia, nós chegamos ao ponto de ir a um restaurante, fazemos um pedido (pelo número) a uma máquina, ou a uma pessoa que age e trabalha como tal, recebemos a comida num saco de papel, e saímos comendo, dirigindo e falando no celular. Tudo ao mesmo tempo, para ganhar tempo.
Até aí, pode-se discutir a validade disso tudo. A grande questão é: O que nós fazemos com o tempo que economizamos? Estamos aproveitando da melhor maneira? Eu, particularmente, tenho tentado aproveitar cada segundo do meu dia como se fosse o último.
Como diz Gandalf, no filme/livro O Senhor dos Anéis: "Não cabe a nós decidir o quanto de tempo nos é dado. Tudo o que nós podemos fazer é decidir O QUE fazer com o tempo que nos é dado."
Quero encerrar com mais uma citação, de um dos maiores artistas que já houve no mundo. Meu conterrâneo, Chico Anysio. Um belo monólogo, em que ele esbanja todo o seu talento e genialidade.
Mundo moderno
Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras
modificando maneiras, mascarando maracutáias, majestoso manicômio.
Meu monólogo, mostra mentiras, mazelas, misérias,
massacres, miscigenação... morticínio. Maior maldade mundial.
Madrugada... matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna,
monta matumbo malhado, munido machado, martelo... mochila mucha,
margeia mata maior. Manhãzinha move moinho moendo macaxeira,
mandioca. Meio dia mata marreco... manjar melhorzinho.
Meia noite mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento
maravilha. Motivação mútua mas monocórdia, mesmice.
Muitos migram mascilentos, maltrapilhos, morarão modestamente, malocas
metropolitanas; mocambos miseráveis, menos moral, menos
mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.
Mundo maligno, misturando mendigos maltratados... menores metralhados,
militares mandões, meretrizes marafonas, mocinhas, meras meninas... mariposas,
mortificando-se moralmente. Modestas moças maculadas,
mercenárias mulheres marcadas... mundo medíocre.
Milionários montam mansões magníficas, melhor mármore, mobília
mirabolante, máxima megalomania. Mordomo, Mercedes, motorista... mãos!
Magnatas manobrando milhões mas maioria morre minguando.
Moradia... meia-água. Menos. Marquise. Mundo maluco, máquina mortífera.
Mundo moderno melhore, melhore mais, melhore muito, melhore mesmo.
Merecemos... maldito mundo moderno, mundinho merda.
Fiquem com Deus! Grande abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário