domingo, 4 de outubro de 2009

RIO 2016. É preciso investir na base para evitar um "incidente diplomático"




Foi realmente um trabalho político impecável. Mostra como realmente o Brasil passou de zero à esquerda para um dos países mais respeitados do Mundo. Como contestam alguns detratores, a política externa do Brasil melhorou consideravelmente com o presidente Lula.

Porém, antes de qulaquer coisa, as Olimpíadas são, em primeira instância, um evento esportivo. Assim como a Copa do Mundo, a organização de tal evento em um país, deve servir para coroar a qualidade de investimentos e o tamanho do interesse esportivo de um país e de seu povo na área esportiva. Com certeza ocorrerá esse tipo de incentivo no Brasil, agora que as Olimpíadas estão confirmadas no Rio.


Mas, depois da euforia da conquista (confesso que mesmo sendo contra, foi impossível não se emocionar com a conquista política para a nação) é preciso começar a acompanhar, fiscalizar e mais do que tudo, questionar. E uma das primeiras perguntas que surgem, pelo menos em pessoas com algum senso crítco, é: Essa política esportiva e as melhorias urbanas prometidas e provavelmnte esquecidas (vide PAN-2007), ocorreriam mesmo que o país não fosse sede dos Jogos?

Outra questão: Haverá novos elefantes brancos para conturbarem ainda mais o caótico sistema urbano do Rio de Janeiro? Como serão as licitações? Terminarão com obras superfaturadas? O que será feito depois com os edifícios usados no popularíssimos esportes como ciclismo, tiro, hóquei, hipismo...

Será que finalmente sairá a tão sonhada despoluição da Baía da Guanabara e da Lagoa Rodrigo de Freitas?

Serão feitas modificações que atenderão às necessidades e melhorarão a qualidade de vida das populações que não poderão participar dos jogos, como nas periferias e favelas?

Vale lembrar que alguns elefantes brancos do Pan, serão reutilizados (não sem haver reformas, claro) pois havia a esperança dos Jogos Olímpicos. E agora, que não haverá evento esportivo de grande relevância depois? E qual será o acesso da população para tais edifícios? Existirá uma política esportiva séria, começando na base, usando o esporte como meio de educação e inclusão social? O esporte não vive de fenômenos como Gugas, Cielos, Daianes.

Apesar de jovem, aprendi a não ter muita esperança nos políticos brasileiros e suas promessas estapafúrdias. Vale lembrar que, dos políticos envolvidos na "conquista", o Governador Sérgio Cabral e o Presidente Lula, não ocuparão mais seus cargos, apenas o Prefeito do Rio de Janeiro terá chances de ainda ocupar o cargo. A não Ser que o Governador consiga o tão sonhado cargo de Presidente da República, algo que, se não era sua intenção, provavelmente apssará a ser, especialmente com o incremento de chances com sua conquista.

É importante pensar nisso como uma maneira de melhoria da qualidade de vida da população e também para evitar um vexame histórico, de continuarmos a lutar, e a nos conformar, apenas com medalhas de bronze ou com oitavos e décimos lugares. Ou então, os jogos servirão apenas para verrmos a bandeira americana no local mais alto do pódio, e o hino, ao ser entoado, ser acompanhado de vaias e vaias na maioria dos jogos, nos fazendo esquecer da  nossa participação vergonhosa nos quadro de medalhas.

Vamos ficar de olho.

Um comentário:

  1. Amigo, mais que um evento esportivo, as olimpíadas podem ser tratadas como política social. Tratado com mais seriedade, como você sugere no texto, o esporte pode se tornar um grande instrumento de formação da cidadania.

    Por isso vejo o Rio 2016 infinitamente mais importante que a Copa 2014.

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