quarta-feira, 31 de outubro de 2012

30 Vergonhas cinematográficas

                Sou cinéfilo faz muito tempo e venho lendo e estudando a respeito desde então. Uma das piores coisas nessas leituras é perceber que não sei nada de cinema e não assisti a quase nada no mundo dos filmes. Aqui são as 30 maiores vergonhas.

1.       Scarface (1983) – Brian De Palma e Al Pacino
2.       Krull - Não ter visto esse filme me destina um futuro mais do que sombrio (piada interna)
3.       O Último dos Moicanos – Em minha defesa, o Universo sempre conspira pra que eu não assista a esse filme.
4.       Os Sete Samurais – Na única vez que tentei, dormi em 5 minutos.
5.       Sindicato dos Ladrões – Primeiro Oscar do Marlon Brando.
6.       Serpico – Considerada uma das melhores atuações de AL Pacino.
7.       Psicose – Clássico máximo de Hitchcock. Lamentável.
8.       Topázio – Mais um clássico do Mestre do suspense.
9.       Um Corpo que Cai – Considerado um dos melhores filmes da história e eu não vi. Tsc, tsc, tsc...
10.   O Pecado Mora ao Lado - e todos os filmes da Marilyn Monroe


11.   Feitiço de Áquila – Filme clássico, pelo menos pra minha família.
12.   Os Pássaros – Mais um do Hitchcock. Definitivamente ele não é o meu forte.
13.   A Escolha de Sofia – Segundo Oscar de Meryl Streep. Primeiro como atriz principal;
14.   O Mais Longo dos Dias – Grande relato do dia D, com um elenco estelar.
15.   Operação França – 4 Oscars principais, entre eles William Friedkin de diretor e Gene Hackman como ator.

16.   Aconteceu Naquela Noite – Antigão, anos 30, com Clark Gable.
17.   A Noite Americana – Apontado como o melhor do Truffaut.
18.   Easy Rider – Grande ícone do fim dos anos 60.
19.   American Graffitti – Primeiro filme de George Lucas
20.   8 e meio – Visto como um dos maiores de Federico Fellini


21.   Chinatown – Expoente máximo do estilo Noir americano.  E Jack Nicholson jovem.
22.   Dançando no Escuro – Deve ter a explicação do endeusamento do Lars Von Trier, que eu até agora não entendi.
23.   Uma Rua chamada Pecado – Outro clássico com Marlon Brando.
24.   2001 – Uma Odisseia no Espaço – O mais realista filme de ficção científica. Espero que quando eu for assistir, consiga ficar acordado.
25.   Spartacus – Filme épico de Stanley Kubrick.  
26.   La Dolce Vita – Também grande exemplar de Fellini.
27.   A Primeira Noite de Um Homem – Estreia de Dustin Hoffman.
28.   Três homens e um Conflito (e toda a trilogia do dólar furado) – Demonstrações de como Clint Eastwood era mais “badass” que o Chuck Norris a muito tempo.
29.   Era Uma Vez no Oeste – Clássico de Sergio Leone
30.   Era Uma Vez na América – Considerada a Obra Prima de Sergio Leone.

Gonzaga – De Pai Pra Filho

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David Arrais

                Em 1912 nascia em Exú, pequena cidade no interior de Pernambuco, aquele que se tornaria o maior nome da música popular brasileira. Seu nome era Luiz Gonzaga do Nascimento. Filho de Januário, sanfoneiro que tocava numa sanfona de apenas oito baixos. Eis que 100 anos depois, Breno Silveira, depois de emocionar o público com 2 Filhos de Francisco acerta mais uma vez, mostrando coragem e talento, ao contar a história desse homem.

                Desenvolvido a partir de uma gravação feita por Gonzaguinha no reencontro com seu pai, o roteiro desde o início nos mostra a relação conflituosa entre Luiz Gonzaga (Adélio Lima) e Gonzaguinha (Júlio Andrade), com este último mostrando toda a sua mágoa do pai, figura sempre ausente durante seu crescimento, deixando que um casal de amigos, Henrique Xavier (Luciano Quirino) e Dina (Sílvia Buarque) o criassem.

                Sempre se utilizando de flashbacks e flashforwards, somos levados à sua adolescência (interpretado por Land Vieira), quando conheceu Nasinha (Cecília Dassi), o grande amor de sua vida ao pé de um Juazeiro, passando por sua vida adulta (Nivaldo Expedito de Carvalho) conturbada, o serviço militar, casamentos, filhos, longuíssimas turnês por grandes cidades, e, quando na decadência, pelo interior do Brasil.

                O filme mostra várias pequenas histórias de Gonzaga, como sua primeira aparição em público, um conflito com o coronel e pai de Nasinha, a forma que começou a tocar no Rio de Janeiro, sua passagem pelo Exército e a forma como conseguia escapar das batalhas numa época cheia de revoluções, como conheceu Odaleia (Nanda Costa), mãe biológica de Gonzaguinha, as aparições no programa de rádio de Ary Barroso, um inusitado recrutamento de músicos e o acidente que lhe deu a cicatriz que leva no rosto. Tudo isso sem soar episódico, perfeitamente bem costurado, sem perder o ritmo.

     As reconstruções de época (o filme passa por várias décadas) são impecáveis, como ao mostrar o desenvolvimento do Morro de São Carlos, onde Gonzaguinha cresceu com seus pais de criação, as várias casas de Gonzagão no Rio de Janeiro até a casa de Januário em Exú, passando pelo estúdio de Ary Barroso e a feira popular em Pernambuco.

     No pequeno apartamento da Ilha do Governador, em que o músico vive agora com Helena, sua segunda esposa e com o filho mais famoso, é onde os conflitos entre eles tornam-se mais fortes, pois Gonzaguinha, além de estudante de economia tornou-se entusiasta dos movimentos revolucionários, como o Black Power/Panteras Negras e o comunismo, como mostram os livros e pôsteres nas paredes de seu minúsculo quarto.

     Outros temas também são tratados, como a suspeita de esterilidade de Luiz Gonzaga, o relacionamento turbulento de Helena, sua segunda esposa e Gonzaguinha. Infelizmente, sua faceta de mulherengo não é mostrada abertamente, sendo apenas citada por uma publicação ao longo do filme, sem receber o aprofundamento que merecia.

      O elenco funciona perfeitamente. Cláudio Jaborandy tem uma atuação brilhante como Januário ao lado de Santana (Cyria Coentro). Cecília Dassi encanta como a jovem Nasinha e João Miguel mostra talento na curta cena que marca o início da carreira de Gonzagão.

      No entanto, toda a força do filme reside em seus protagonistas. Nivaldo Expedito de Carvalho é o único intérprete de Luiz Gonzaga que deixa um pouco a desejar, com momentos um pouco exagerados, passando um pouco da conta. Mas sem jamais comprometer. Ainda mais levando-se em conta que se trata de um músico, não de um ator profissional. Land Vieira consegue equilibrar momentos tristes e tensos com alívios cômicos na mesma proporção.

       Já Adélio Lima e Júlio Andrade dão um show à parte. A química entre os atores é perfeita. E a semelhança física de Júio Andrade com Gonzaguinha chega a ser assustadora. O modo como proferem suas falas, seja com mágoa, ternura, arrependimento, rancor, ou em sua redenção, é extremamente convincente. Os maneirismos, intonação da voz, vocabulário, são todos realizados com maestria. Realmente nos convencem que se trata de um reencontro carregado de emoções entre pai e filho a muito separados.

       A conclusão não poderia ser diferente, com a introdução do show “A vida do viajante”, usando imagens reais da primeira vez que os dois artistas sobem juntos ao palco. A minha maior preocupação quando soube que haveria um filme sobre Luiz Gonzaga era o risco de um endeusamento que mascarasse o ser humano que ele era. Alguém que, apesar de um grande artista, apenas humano, e cheio de falhas como todos nós. Felizmente isso não aconteceu.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

30 injustiças do Oscar






                Eu sempre tive boa memória pra dados e datas. E meu gosto por cinema direcionou minha memória pra vencedores do Oscar. Mas, nem sempre concordei com a Academia. Vamos a alguns exemplos?


1.       Guerra ao Terror - Melhor Filme e melhor diretora, 2010. Peraí... Num ano que teve Bastardos Inglórios e Avatar? Difícil, viu...

2.       Halle Berry - Melhor atriz, 2002, A Última Ceia. Cara... Nesse ano foi uma palhaçada. Além de ser um filme e uma atuação sem nada demais, tinha Nicole Kidman (Moulin Rouge) concorrendo.

3.       Denzel Washington – Melhor Ator, 2002, Dia de Treinamento. Idem, idem... Tinha Russel Crowe em Uma Mente Brilhante! Dos cinco indicados, a atuação dele foi a mais fraca.

4.       Chicago – Melhor Filme, 2003. Concorriam Gangues de Nova Iorque, O Pianista, As Horas e Senhor dos Anéis – As Duas Torres e Chicago ganha?!?!

5.       Quem Quer Ser Um Milionário? – Melhor filme e diretor, 2009. O Cavaleiro das Trevas e WALL-E não foram sequer indicados ao prêmio de Melhor Filme e O Leitor foi. Quem ganhasse seria injusto a partir daí.

6.       O Discurso do Rei – Melhor filme e diretor, 2011. A Origem, Bravura Indômita, Toy Story 3, A Rede Social e Cisne Negro foram bem melhores e esse aí ganha?

7.       Sean Penn, ­Melhor Ator, 2009, Milk. Gosto muito do Sean Penn, mas Brad Pitt em Benjamin Button e Mickey Rourke em O Lutador, foram melhores, viu?

8.       2005 – O Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Os Incríveis não foram indicados ao Oscar de Melhor Filme?!

9.       Jamie Foxx – Melhor Ator, 2005. Ganhou do DiCaprio? Como assim?!

10.   2005 - Jim Carrey e Paul Giamatti não foram indicados como Melhor Ator?

11.   2007 – Jack Nicholson não foi indicado a Melhor Ator Coadjuvante por Os Infiltrados. Fala sério, hein...

12.   Uma Mente Brilhante - Melhor Filme, 2002. No ano de Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel, quem ganhasse além dele seria injusto.

13.   Menina de Ouro – Melhor Filme, 2005 – Teve O Aviador cara. Ninguém lá viu esse filme?

14.   2007 – Pequena Miss Sunshine e Babel indicados a Melhor Filme e O Grande Truque, Labirinto do Fauno não? Em que mundo??!??

15.   2007 – Alejandro Gonzalez Iñarritu indicado a Melhor diretor por Babel e Alfonso Cuarón, que fez Filhos da Esperança, ou Guillermo Del Toro, com O Labirinto do Fauno, não?

16.   Shrek – Melhor Animação, 2003 – Em que mundo Shrek é melhor que Monstros S.A.?

17.   2007 – Sacha Baron Cohen não foi indicado como melhor ator por Borat. Tsc, tsc, tsc...

18.   2004 – Cidade de Deus não foi sequer indicado ao Oscar de Filme estrangeiro.

19.   Roberto Benigni – Melhor Ator, 1999, A Vida É Bela. Num ano que tem Tom Hanks, Nick Nolte, Edward Norton (em A Outra História Americana pelo Amor de Deus!!!) e Ian McKellen, esse cara ganhar, é brincadeira.

20.   Gwyneth Paltrow – Melhor Atriz, 1999,  Shakespeare Apaixonado. Nesse ano entre as indicadas estavam Meryl Streep e Fernanda Montenegro. Vai entender...

21.   Shakespeare Apaixonado – Melhor Filme, 1999. Alguém lembra que havia Elizabeth, Resgate do Soldado Ryan e mesmo A Vida é Bela.

22.   1994 – John Williams não foi indicado pela trilha sonora maravilhosa de Jurassic Park!

23.   John Williams não ganhou pelas trilhas sonoras de Superman, Esqueceram de Mim, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, O Império Contra-Ataca...

24.   Scarface – Nenhuma indicação? Ok, então...

25.   Dança com lobos – Melhor filme  e diretor, 1991. Hello.. E Os Bons Companheiros, cadê?

26.    1986 – Peraí, peraí, peraí... A trilha sonora de De Voltar Para o Futuro não foi nem indicada?!?!

27.   Como Era Verde Meu Vale – Melhor Filme, 1946. Cidadão Kane é do mesmo ano...

28.   1973 – Nenhum dos filhos da família Corleone ganhou o Oscar?!?

29.   1975 – Al Pacino não ganhou por O Poderoso Chefão II. Não interessa quem eram os outros indicados...

30.   Bob Fosse – Melhor diretor, 1973. Esse foi o ano de O Poderoso Chefão. Sem mais...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

60 Filmes no CINEMA - Parte 2

                60?! Sim, 60. Mas não eram 30. Sim, mas aqui são os vistos no cinema. E porque 60? Porque dividi entre os 30 PIORES e 30 MELHORES.

                Dividi a lista em assistidos no cinema, pois muda completamente a experiência.

                Mais uma vez, não seguem nenhuma ordem, além da ordem em que aparecem na minha memória.

1.    O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel – Ver o livro se materializando na tela. Um sonho realizado.
2.   O Senhor dos Anéis – As Duas Torres – Quase perfeito
3.   O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei – Mais que perfeito!
4.   Star Wars – Episódio III – Resolveu todas as pontas das duas trilogias.
5.   Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban – O melhor filme da série. Gary Oldman e Emma Thompson marcantes.



6.   O Cavaleiro das Trevas – Um dos melhores filmes que vi na vida. Se o Batman usasse terno e gravata, seria visto como um filme policial, e indicado a dezenas de prêmios. A cena do lápis? Perseguição de caminhão? Explosão do Hospital? Why so serious?
7.   O Guia do Mochileiro das Galáxias – Um dos meus preferidos. Nonsense em altíssimo grau!
8.   Cassino Royale – Melhor filme do espião mais famoso do mundo
9.   Os Infiltrados – O melhor Scorcese que vi no cinema
10.   O Aviador – Atuação impecável de Leonardo DiCaprio. Só não levou o Oscar por que o Ray Charles morreu no ano do filme.


11.   Jurassic Park – Cinemão de primeiríssima linha. Efeitos especiais impressionantes até hoje.
12.   Gangues de Nova York – Primeiro Scorcese que vi no Cinema. Daniel Day-Lewis impressionante.
13.   Os Vingadores – Melhor filme de super-herói de todos.
14.   A Origem – Christopher Nolan, seu...
15.   Wall-e – Melhor filme da Pixar. E isso é dizer muito!
16.   Os Incríveis – Mais um entre os melhores filmes de super-heróis. Tudo que o Quarteto Fantástico queria ter sido. E com a vantagem de não ser baseado em quadrinhos.
17.   Closer – Perto Demais – Um dos filmes mais eróticos e violentos que já vi. Baseado quase que apenas em diálogos.
18.   Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 – A conclusão de toda a série. Grandioso.
19.   Procurando Nemo – Dory, a melhor sidekick da história do cinema. E um dos poucos filmes de comédia que resistem a serem assistidos algumas dezenas de vezes.
20.   Hulk (2003) – Sim, eu gostei do Hulk do Ang Lee. E ponto final!
21.   Lisbela e o Prisioneiro – Grande obra do cinema Nacional. E com grande memória afetiva.
22.   Sangue Negro – Atuação soberba de Daniel Day-Lewis. Tão bom que “Eu usei meu canudo e tomei seu milk-shake” não é uma frase ridícula.
23.   Sin City – Filme policial noir de primeira. Daqueles que uma das pistas é uma caixa de fósforos de papel. 
24.   Avatar – A maior bilheteria da história. E um dos únicos filmes que justificou o uso do 3D.
25.   Bastardos Inglórios – Meu filme preferido do Tarantino.
26.   O Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças – Tão pessoalmente importante quanto Lisbela e o Prisioneiro. E Jim Carrey e Charlie Kaufman no melhor da forma.
27.   Tropa de Elite 2 – Coronel Nascimento mostrando a política e a corrupção no Brasil. E ainda dá porrada em político e revoltadinho  defensor dos “direitos humanos”
28.   Duro de Matgar 4.0 – Como deixar John McClane de fora de uma lista como essa? “Você destruiu um helicóptero com um carro da polícia?  – Eu estava sem balas”
29.   Michael Jackson - This is It – Último registro oficial de um dos maiores artistas da história.
30.   X-Men Primeira Classe – Reinvenção do universo X-Men. Grandes atuações e excelente roteiro.

Cabe aqui uma menção honrosa a Mestres do Universo. Não pela sua qualidade (claro), mas por ter sido o primeiro filme que assisti no cinema.


                               

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

60 Filmes no CINEMA – Parte 1



            60?! Sim, 60. Mas não eram 30. Sim, mas aqui são os vistos no cinema. E porque 60? Poruqe dividi entre os 30 PIORES e os 30 MELHORES

Dividi a lista em assistidos no cinema, pois muda completamente a experiência.

Mais uma vez, não seguem nenhuma ordem, além da ordem em que aparecem na memória.

1.       Amanhacer, Parte 1 - Não precisa de explicação, né?
2.       O Apanhador de Sonhos – Filme adaptado de Stephen King. Tem que ter muito cuidado pra não errar a mão. Não tiveram.
3.       Os Irmãos Grimm – Visualmente bacana. História fraquíssima
4.       O Coronel e o Lobisomem – Uma porcaria completa
5.       Chegadas e Partidas – Não deixou a menor lembrança


6.       Hannibal – A Origem do Mal – Tentaram contar a história, e quase conseguiram destruir
7.       Rock Of Ages – Uma porcaria completa. Única coisa boa é o Tom Cruise cantando “Wanted Dead or Alive”
8.       As Crônicas de Nárnia – O Leão, a feiticeira e o Guarda Roupa – Versão infantilizada de Senhor dos Anéis, com pitadas de extremismo religioso
9.       Transformers 3 – O Lado Escuro da Lua – Michael Bay, com orçamento infinito, brincando de bonecos, com 3D. Nenhuma chance de dar certo
10.   Quarteto Fantástico – Outra porcaria completa



11.   Batman & Robin – “BatCard – nunca saia da bat caverna sem ele”
12.   Street Fighter – O filme que matou Raul Julia de desgosto
13.   Mortal Kombat - Filme baseado em videogame quase nunca dá certo.
14.   Godzilla – Mais uma prova de que Hollywood tem capacidade de destruir qualquer história
15.   Entre Quatro Paredes – Achei que tinha sido imaturidade. Até assistir de novo, e ver que realmente o filme é muito chato


16.   A Experiência 2 – Esse eu vi em Portugal. É ainda pior que o primeiro.
17.   O 13º. Guerreiro – Filme sem pé nem cabeça
18.   Amor Sem Fronteiras – Angelina Jolie mostrando que uma mulher apaixonada aceita qualquer coisa.
19.   A Vila – Início da derrocada de M. Night Shyamalan
20.   A Rainha dos Condenados – Filme de vampiro ruim antes de filme de vampiro ruim fazer sucesso
21.   Dungeons & Dragons – Outro filme sem pé nem cabeça, que se aproveita de uma marca pra tentar atrair fãs
22.   Joana D’arc – Milla Jovovich e o maridão (na época) Luc Besson destruindo uma das maiores lendas da França
23.   A Casa Caiu – Steve Martin (Já deu, né?) e Queen Latifah. Fala sério...
24.   As Panteras Detonando – Onde eu tava com a cabeça, pelo amor de Deus!
25.   Super Herói - O Filme – Achei que o trio ZAZ ia conseguir tirar leite de pedra. Não tiraram.
26.   O Vingador – Vin Diesel fazendo drama. Como assim!?!
27.   Da Magia à Sedução – Nicole Kidman e Sandra Bullock.. Como Nicole Kidman e Sandra Bullock
28.   A Feiticeira – Nicole Kidman, mais uma vítima da maldição do Oscar
29.   Final Fantasy – Filme todo em animação com humanos. Efeitos bacanas, só esqueceram que um filme precisa de mais que isso
30.   Pearl Harbor – Michael Bay, de novo! Se aqueles dois pegam os aviões 15 minutos antes, mudam a história da guerra!

É isso aí... Foi difícil peneirar entre o monte de porcaria que já vi. Na próxima lista, os melhores vistos no cinema. Essa vai ser ainda mais difícil!

Alta Fidelidade

     



     Ah... A maturidade. O que ela faz conosco. Não vou fazer uma análise crítica desse filme. Apenas deixar aqui algumas impressões, e a forma como ele me tocou. E como pude perceber o quanto mudei, e as pessoas ao meu redor também mudaram.
   
     Lembro que assisti a esse filme em 2001, pouco depois de completar 18 anos. Não entendia de nada naquele tempo. Achava que sabia um pouquinho de música e de cinema. E nada mais. Lembro que achei o filme chato. Insuportável mesmo. hoje, quase 11 anos depois, tenho outro ponto de vista. Grande filme, roteiro impecável, diálogos inesquecíveis, personagens marcantes.
   
     Todos temos amigos como Barry, ex-namoradas como Charlie, vontade de listar tudo de importante na nossa vida. Como se fosse possível hierarquizar todos aqueles eventos importantes, esquecendo que todos ocorreram no momento em que deviam ter ocorrido. Na melhor hora. Tanto para nós quanto para os que estão a nossa volta.
   
     Um brinde à maturidade dos (quase) 30, ao aprendizado. E à consciência de que ainda temos muito a aprender.

   

30 partidas de futebol

Dando continuidade às minhas listas, agora vou citar os  jogos de futebol mais marcantes que assisti. Alguns estão bem distantes na memória, mas vale a pena a citação; Mais uma vez, sem ordem específica.

1.       Internacional 2 x 2 São Paulo  - Final Libertadores 2006 – além de um jogão, assistir num reduto são paulino o time ser derrotado, foi sensacional.
2.       Brasil 1 (4) x  1 (2) Holanda – Semifinal Copa 98 – Atuação brilhante de Taffarel, pegando dois penalties
3.       Brasil 0 (3) x Itália 0 (2) – Final Copa 94 -  O jogo não foi grande coisa, mas foi a primeira vez que vi o Brasil campeão Mundial
4.       São Paulo 3 x 2 Milan – Jogaço, disputado até o fim. Toninho Cerezo destruiu!
5.       Corinthians 1 x 3 Palmeiras  – Primeira partida da final de 94
6.       Corinthains 4 x 3 Palmeiras – Semi final Libertadores 2000 – Semifinal de libertadores com 7 gols? Tem que estar na lista
7.       Palmeiras 3 x 2 Corinthians – Semifinal Libertadores 2000 - 2ª. Partida. Noite do mitológico penalty do Marcelinho Carioca
8.       Romênia  3 x 2 Argentina – Copa 94 – Hagi jogou demais!
9.       Brasil 2 x 0 Alemanha – Final da Copa 2002 – Outro título mundial
10.   Palmeiras 2 x 0 Santos – Campeonato Paulista 96 – Jogo que marcou o título, na campanha com 102 gols marcados
11.   Chelsea  4 x 4 Liverpool – Quartas de final Champions League 2009 – Impressionante. O jogo não acabava!
12.   Portugal 1 x 0 Holanda – Oitavas de final Copa 2006 – Jogo mais violento da história das Copas. Cheio de expulsões de cartões amarelos. Mas super disputado.
13.   Santos 4 x 5 Flamengo – Difícil saber quem jogou mais nesse dia. Ronaldinho ou Neymar?
14.   Palmeiras 4 x 1 Avaí – Brasileiro 2010 – Único jogo que vi do Palmeiras em São Paulo, no estádio. Inesquecível. Pena que não foi no Palestra Itália. Mas foi no Pacaembú! Estádio maravilhoso!
15.   Barcelona 5 x 0 Real Madrid – Campeonato espanhol  10/11 – 5 x 0 num clássico desse tamanho é inesquecível
16.   Chelsea 1 (4) x 1 (2) Bayern München – Final Champions League 2012 - Primeiro título da Champions League do Orgulho de Londres
17.   Barcelona 2 x 2 Chelsea – Seminfinal Chapions League 2012 – Único time no mundo que parou o Barcelona Perfeito
18.   Barcelona 3 x 1 Manchester United – Final Champions League 2011 - Atuação perfeita do Barcelona Perfeito
19.   Fortaleza 1 x 1 Ceará – Final Campeonato Cearense 1991 – Minha primeira ida ao estádio
20.   Fortaleza 2 x 0 Avaí – Quadrangular final Serie B 2004 – Jogo do acesso do Leão à Primeira Divisão. Também vi no estádio.
21.   Fortaleza 1 x 0 São Paulo – Brasileirão 2005 – Fortaleza fez uma partida absolutamente perfeita. E ainda vi no estádio.
22.   Internacional 1 x 0 Barcelona – Internacional Campeão Mundial em cima do melhor time do mundo
23.   Palmeiras 4 x 2 Flamengo – Quartas de final Copa do Brasil 1999 – Palmeiras virou o jogo em 10 minutos, perdendo de 2 x 1, e se classificou.
24.   Palmeiras 3 x 4 Vasco da Gama – Palmeiras conseguiu tomar uma virada, jogando em casa, depois de ir pro intervalo do jogo ganhando de 3 x 0. Romário e Juninho(s) voaram
25.   Chelsea 3 x 2 Liverpool – Semifinal Champions League 2008 -  Drogba voou. Lampard bateu o penalty mais emocionante da história do futebol. Primeira classificação do Chelsea a uma final de Champions.
26.   São Paulo 1 x 0 Liverpool  - Maior atuação de um goleiro que já vi na vida. Rogério Ceni pareceu uma parede.
27.   Palmeiras 6 x 1 Boca Juniors – Libertadores 94 – Ganhar do Boca Juniors já é difícil. De 6 x 1 então...
28.   Palmeiras 4 x 0 Corinthians – Campeonato Paulista 93 – jogo que me transformou em palmeirense
29.   Costa do Marfim 0 (2) x 0 (4) Egito – Final da Copa Africana 2006 – Jogo que me transformou em fã do Didier Drogba
30.   Alemanha 4 x 0 Argentina – Quartas de final 2010 – Argentina perdendo de 4 x 0 em uma Copa do Mundo. Perfeito

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

30 jogadores


Ok. Começando minha lista de 30 melhores... Vou começar pelos 30 jogadores de futebol mais marcantes que vi jogar. Não estão em ordem alguma, apenas dos que vieram primeiramente a minha cabeça.Lembrando que são aqueles que eu acompanhei parte significativa da carreira.


1.       Ronaldo Fenômeno – pelo que fez na Copa de 2002;
2.       Romário – O cara da Copa de 94;
3.       Edmundo – Como palmeirense, é impossível não citá-lo. Especialmente 93/94 no Verdão e a melhor temporada que eu já vi um jogador fazer, em 97, pelo Vasco;
4.       Marcos – Simplesmente Ele. Maior ídolo da história do Palmeiras;
5.       Rogério Ceni – Não dá pra negar o tamanho dele na história do futebol;
6.       Zinedine Zidane – Fez o gol mais bonito que vi na vida, e ainda destruiu o Brasil na Copa de 2006;
7.       Didier Drogba – Um dos maiores atacantes dos anos 2000, e um dos maiores da história do Chelsea;
8.       Frank Lampard – O Homem de Ferro do Chelsea. Centenas de partidas seguidas, sem substituição, além de um atleta completo;
9.       John Terry – Líder nato. Admirável um jogador que passou a vida inteira no mesmo clube;
10.   Petr Cech – O Goleiro do Chelsea, em sua era mais vitoriosa;


11.   Cristiano Ronaldo – Jogador completo. Cabeceio, chutes, faltas e cruzamentos com as duas pernas, velocidade, força física. Só tem um defeito;
12.   Lionel Messi – Único defeito do Cristiano Ronaldo. Faz tudo que ele faz, ainda melhor;
13.   Xavi Hernandez – O cérebro do Barcelona de Guardiola. Precisa de mais?;
14.   Alex – O que ele fez pelo Palmeiras em 99 e pelo Cruzeiro em 2003?!?! Jogador que mais fez falta a uma Copa do Mundo;
15.   Neymar – 20 anos, e já ganhou quase tudo que um jogador pode ganhar. E, jogando no Brasil, fez o gol mais bonito do ano passado, e ainda foi indicado entre os 50 melhores do mundo;




16.   Steven Gerrard – Líder do Liverpool, na espetacular final de Istambul. Outro daqueles que nunca trocou de clube;
17.   Roberto Carlos – Provavelmente um dos 3 maiores laterais esquerdos da história. E titular do Real Madrid por mais de 10 anos. Ganhou quase tudo que disputou;
18.   Cafu – O mesmo que o Roberto Carlos, mas pela direita. E ele sim, ganhou Tudo que disputou, pelo menos uma vez;
19.   Ronaldinho Gaúcho – Ser aplaudido de pé no Santiago Bernabéu, depois de marcar um gol contra o Real Madrid é pra poucos.
20.   Andrés Iniesta – Além de um craque, ainda fez o gol do título da Copa da Espanha;
21.   Diego Lugano – Zagueiraço. Líder da Seleção do Uruguai;
22.   Juan Roman Riquelme – Ídolo máximo do Boca Juniors
23.   Thierry Henry – Maior artilheiro da história do Arsenal. E foi o líder do time na campanha invicta na Premiere LEague;
24.   Kaká – Ensinou o mundo a jogar futebol em 2007;
25.   Giggs – O jogador com mais partidas pelo Manchester United. Passa vários jogos sem errar um passe.


26.   Andreas Pirlo – O Maestro da Itália na Copa de 2006;
27.   Buffon – Um dos maiores goleiros da atualidade. Também fundamental no tetra Italiano;
28.   Van Der Sar – um dos maiores goleiros que eu já vi. Se aposentou aos 41 anos, jogando muito;
29.   PH Ganso – Ainda tenho esperanças de que o que ele mostrou ao mundo em 2010 não foi coisa passageira;
30.   Dennis Bergkamp – Fez um dos gols mais bonitos da história das Copas. E ainda foi contra a Argentina.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Intocáveis

INTOCÁVES



David Arrais

                É sempre perigoso assistir a um filme depois de muito tempo da sua estreia. Eu não consigo deixar de criar expectativas, boas ou ruins, dependendo dos rumores. O pior é quando as boas expectativas não são alcançadas, mesmo com um bom resultado final, como aconteceu em Intocáveis.

                Escrito e dirigido por Olivier Nakache e Eric Toledano, Intocáveis conta a história de Phillipe (François Cluzet), um milionário francês que ficou tetraplégico depois de um acidente de parapente, e Driss (Omar Sy), um jovem negro, descendente de africanos, que, se torna seu acompanhante/enfermeiro.

                Cluzet e Sy mostram uma química perfeita, criando uma dinâmica interessante entre os protagonistas. A amizade entre eles é contruída gradualmente, de forma orgânica, sem apelar para melodramas, que não caberiam na atmosfera do longa. Infelizmente, a construção dessa amizade acaba sendo prejudicada pelo início da projeção, pois ao fim da primeira cena (um pequeno flash-foward com uma inusitada travessia de carro pelas ruas de Paris), já sabemos da cumplicidade que existe entre os dois, então, o filme parece nos contar uma história que já sabemos como termina.

                A história é recheada de cenas tocantes, como o aniversário de Philipe, em que Driss promove um show de dança à parte, ou o seu cuidado, na cena em que oferece um remédio “pouco ortodoxo” para aliviar a dor do amigo ou ao se recusar a levá-lo no porta-malas de uma mini-van, “como uma mala”.

E mesmo não se tratando de uma comédia, existem ainda cenas divertidíssimas, como a já citada cena inicial, o momento emq eu Driss “testa” a sensibilidade do chefe, ou as piadas politicamente incorretas que eles trocam durante todo o longa, como “Onde você encontra um tetraplégico? – No mesmo lugar onde deixou”.  

Apesar de, no modo geral, tratar-se de uma obra bem realizada, o roteiro possui alguns problemas, como focar exclusivamente em Driss e Phillipe, deixando de lado alguns personagens potencialmente interessantes, como a mãe de Driss, ou a governanta ou a secretária de Phillipe. E também ao ignorar solenemente personagens que nunca dizem a que vieram, como a filha de Phillipe e seu namorado.

          Desde o início a Fotografia trabalha acertadamente com a Direção de Arte para ilustrar a diferença que existe nos mundos dos protagonistas. A vida de Driss é sempre mostrada com cores frias, escuras, ambientes claustrofóbicos. Já a vida de Phillipe, apesar de sua deficiência, é vista com cores quentes, iluminada (especialmente com luz natural), e a casa com ambientes amplos e bem cuidados. O momento em que esse contraste torna-se mais evidente é na hora do banho de Driss. Quando em casa, ele toma banho com várias crianças entrando e saindo do banheiro, em uma banheira minúscula, que mal comporta seu corpo. Na casa de Phillipe, seu banheiro é quase do tamanho do apartamento de sua mãe.

           Ao final, me senti tocado pela bela história que acabei de conhecer. Mas não pela forma que ela foi contada, pois não pude deixar de ter a impressão de já “ter visto isso antes” em outros filmes, ainda melhores, como Rain Man ou Tempo de Despertar.    

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Looper

LOOPER






David Arrais 

          Escrito e dirigido por Rian Johnson, Looper conta uma história ambientada em 2044, quando grande parte da população possui poderes de telecinese e a viagem no tempo, é algo real. Porém, além de ilegal, ela só será realidade no ano de 2074. Nesta época, mafiosos, liderados pelo misterioso Rainmaker, utilizam a viagem para se livrar de inimigos, enviando-os para o passado, onde assassinos (Loopers) estão à espera, em locais pré-determinados, para executá-lo. Para que o plano seja perfeito, depois de 30 anos o próprio looper é enviado ao passado para ser executado por ele mesmo quando jovem.

          O conceito de viagem no tempo, por conta de seus paradoxos, é sempre complexo. Por conta disso, toda a trama é explicada em um pequeno prólogo narrado por Joe (Joseph Gordon-Levitt). Pouco depois somos apresentados a Seth (Paul Dano), outro looper, que também é o melhor amigo de Joe. Tudo começa a dar errado quando a versão do futuro de Joe (Bruce Willis) decide não cumprir o combinado, além de fugir do Joe jovem, planeja modificar o futuro alterando momentos fundamentais no presente.

          Depois que passam a conviver, o velho Joe explica suas motivações ao jovem, que, tenta, em vão, impedir que ele fuja para tentar cumprir seus objetivos. Depois disso, ao ser perseguido pelos demais loopers, o jovem acaba indo parar na fazenda de Sara (Emily Blunt), que vive com seu filho Cid (Pierce Gagnon).

          Pela complexidade do tema, o roteiro acaba tendo que apelar para algumas passagens expositivas, como as consequências de um looper desistir do contrato, ou de haver dois loopers de diferentes eras coexistindo, como em uma explicação bastante razoável em um diálogo entre Abe (Jeff Daniels) e Kid Blue (NoahSegan) “Não tente entender as consequências. Vai fritar seus miolos!”

          O filme conta com sequências de ação excepcionais, com efeitos visuais sempre bem realizados. Merecem destaque a cena no interior da casa de Sara, no terceiro ato, a invasão do esconderijo dos mafiosos e a sequência final, na plantação de cana.

          O roteiro também conta com diálogos preciosos, como quando um personagem avisa “Mude para a China. Confie em mim, eu vim do futuro”, ou toda a cena entre o velho e jovem Joe na lanchonete. Infelizmente ele cai um pouco ao explorar a característica singular de Cid, especialmente no terceiro ato, fugindo um pouco do tema principal.

          As atuações são bastante convincentes. Joe é um personagem complexo, consciente que a vida que leva tem um tempo pré-definido de duração, que acaba tornando-o amargo, frio, vicidado em drogas, sempre evitando maior proximidade com qualquer pessoa, exceto a prostituta Suzie (Piper Perabo), porém todas as suas investidas são em vão.

          Bruce Willis e Joseph Gordon-Levitt funcionam muito bem juntos. Willis abusa, no bom sentido, de todos os trejeitos que lhe transformaram em astro de ação, protagonizando também um grande momento, ao ficar profundamente afetado por um ato terrível que acaba de cometer.

          Já Levitt faz uma excelente interpretação de Bruce Willis jovem, com todos os seus maneirismos, como a voz rouca e o sorriso de canto de boca, auxiliado pelos efeitos visuais e de maquiagem que colaboraram nas semelhanças físicas, como o nariz, olhos e boca.

          A reaparição de Jeff Daniels em blockbusters é uma grata surpresa, como o enviado do Rainmaker para “manter a ordem” no tempo presente. Noah Segan interpreta um looper incompetente, sempre tentando agradar Abe acima de qualquer outra coisa. Garret Dilahunt tem uma participação rápida, porém em uma passagem fundamental. Qing Xu também aparece pouco, como a esposa de Joe no futuro.

          No entanto, Emily Blunt é quem mais merece destaque. Sara é uma mulher forte, decidida, e ao mesmo tempo frágil e solitária, o que lhe confere grande profundidade. Vivendo uma convivência conflituosa com seu filho Cid, é perceptível a sua confusão por não saber lidar com os problemas dele.

          Tecnicamente o filme é impecável. A construção das cidades no futuro é impressionante, mostrando um possível (ou provável) destino das cidades americanas diante da deterioração da sociedade e de seus valores, fazendo um contraponto com o desenvolvimento exibido em Xangai.

          A direção de arte chama a atenção também em ambientes internos como o apartamento do jovem Joe, ou a casa chinesa que ele possui no futuro. Outro aspecto em que ela é bastante eficaz é em relação aos equipamentos, como as armas e veículos, em especial a moto voadora.

          A montagem também tem papel fundamental, sempre mantendo o ritmo alto, sem tornar mais confuso que o necessário, ao mesmo tempo em que “brinca” em alguns momentos com as alterações causadas pelas alterações no espaço-tempo.

          É sempre gratificante quando um filme que tinha tudo para ser um blockbuster de ação nos surpreende com um ótimo roteiro e grandes atuações. E Looper é mais uma prova de que é possível unir esses elementos e realizar uma obra de entretenimento de alta qualidade.