sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os Mercenários 2


OS MERCENÁRIOS 2
David Arrais


Testosterona e virilidade na veia! Sylvester Stallone e sua trupe voltam, com reforços, nesta nova aventura, agora em busca de vingança pelo assassinato de um companheiro. Dirigido por Simon West, a partir do roteiro de Richard Wenk e do próprio Stallone, Os Mercenários 2 não perde tempo para apresentar pesonagens, nos jogando diretamente na ação. 

Depois de resgatar um antigo rival (dentro e fora das telas), Barney Ross (Stallone) é contactado novamente pelo Sr. Church (Bruce Willis) para uma nova missão: recuperar um cofre nos destroços de um avião. Para isso, ele terá que levar consigo, muito a contragosto, a jovem Maggie (Nan Yu). Depois de realizada a missão, um de seus companheiros é assassinado pelo cruel Villain e o objeto de sua missão é roubado. A partir daí, ao invés de voltar a cumprir ordens, o grupo parte em busca de vingança.

Vamos do começo. Ninguém vai assistir a um filme com Sylvester Stallone, Dolph Lundgreen, Jason Statham, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Randy Couture, Tracy Crews, Jet Li e Jean-Claude Van Damme esperando grandes interpretações ou roteiros mirabolantes, certo? A partir daí, é possível analisar Os Mercenários 2. E funciona. Como funciona!

Desde o início, todas as leis da física e da lógica são destruídas com a mesma facilidade com que os inimigos são fuzilados, cortados, golpeados, esfaqueados e explodidos. Com uma montagem dinâmica em uma longa sequência, acompanhamos o resgate improvável, e somos apresentados ao novo membro do grupo, Billy the Kid (Liam Hemsworth), um jovem atirador de elite, que deixou o exército para seguir na vida “profissional”. A propósito, o monólogo em que ele explica suas razões para deixar o exército é digno de nota.

Contando com um roteiro simples, o filme aposta bem mais nos personagens, suas interações, a fidelidade dentro do grupo, assim como nas personas de seus protagonistas, como quando o currículo acadêmico de Lundgren é citado, ou em diálogos inspirados como “Eu vou exterminar você”, “Eles são muito imaturos”, “Eu trabalho melhor sozinho. Sou um Lobo Solitário”,  “Yippee-ki-yay   e “I’ll be back” e alguns "Chuck Norris Facts". Dessa forma, o espírito da obra é respeitado até o final.

A dinâmica entre os personagens nunca é falha (dentro de suas limitações visíveis de interpretação), mostrando que existe bastante química entre os atores, especialmente entre Statham e Stallone, que são os líderes do grupo. O único que tem uma participação um pouco menor, em relação aos demais companheiros, é Toll Road (Randy Couture), servindo quase sempre apenas como vítima das piadas de seus companheiros, principalmente Gunnar (Lundgren).
            
            As cenas de ação são grandiosas, porém, o que sobra em  balas e explosões, falta, na mesma proporção em criatividade, pois não há uma “grande cena”, com algo realmente novo. Há também algumas falhas grotescas nos efeitos visuais, algo imperdoável em produções dessa natureza. 

Já as cenas de luta, com ação mano a mano, são bastante criativas e divertidas, como a briga no bar, na igreja e no hangar (todas essas protagonizadas por Statham), uma sequência em que Jet Li usa panelas como armas, ou a grande luta final, em que Stallone e Van Damme se enfrentam, usando o repertório de golpes que os transformou em astros.
            
            Funcionando como uma grande homenagem aos filmes de ação dos anos 80, os momentos máximos de catarse são aqueles em que os três maiores astros daquela geração dividem a tela: Willis, Stallone  e Schwarzenegger. O que deve trazer à cabeça dos produtores daquela época: Como nunca fizemos isso antes?

Um comentário:

  1. Não sei se quero assistir esse filme no cinema. "/ Acho que vou esperar pra assistir em casa mesmo, um diazinho de domingo à tarde, saboreando violência gratuita, like old and good times! :}

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