OS MERCENÁRIOS 2
David Arrais
Testosterona e virilidade na
veia! Sylvester Stallone e sua trupe voltam, com reforços, nesta nova aventura,
agora em busca de vingança pelo assassinato de um companheiro. Dirigido por Simon West, a partir do roteiro de Richard Wenk e do próprio Stallone, Os Mercenários 2 não perde tempo para apresentar pesonagens, nos jogando diretamente na ação.
Depois de resgatar um antigo
rival (dentro e fora das telas), Barney Ross (Stallone) é contactado novamente
pelo Sr. Church (Bruce Willis) para uma nova missão: recuperar um cofre nos
destroços de um avião. Para isso, ele terá que levar consigo, muito a
contragosto, a jovem Maggie (Nan Yu). Depois de realizada a missão, um de seus
companheiros é assassinado pelo cruel Villain e o objeto de sua missão é
roubado. A partir daí, ao invés de voltar a cumprir ordens, o grupo parte em
busca de vingança.
Vamos do começo. Ninguém vai
assistir a um filme com Sylvester Stallone, Dolph Lundgreen, Jason Statham,
Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Randy Couture, Tracy Crews, Jet Li e
Jean-Claude Van Damme esperando grandes interpretações ou roteiros
mirabolantes, certo? A partir daí, é possível analisar Os Mercenários 2. E funciona. Como funciona!
Desde o início, todas as leis da
física e da lógica são destruídas com a mesma facilidade com que os inimigos
são fuzilados, cortados, golpeados, esfaqueados e explodidos. Com uma montagem
dinâmica em uma longa sequência, acompanhamos o resgate improvável, e somos
apresentados ao novo membro do grupo, Billy the Kid (Liam Hemsworth), um jovem
atirador de elite, que deixou o exército para seguir na vida “profissional”. A propósito, o monólogo em que ele explica suas razões para deixar o exército é digno de nota.
Contando com um roteiro simples,
o filme aposta bem mais nos personagens, suas interações, a fidelidade dentro
do grupo, assim como nas personas de
seus protagonistas, como quando o currículo acadêmico de Lundgren é citado, ou
em diálogos inspirados como “Eu vou exterminar você”, “Eles são muito imaturos”,
“Eu trabalho melhor sozinho. Sou um Lobo Solitário”, “Yippee-ki-yay
” e “I’ll be back” e alguns "Chuck Norris Facts". Dessa forma, o
espírito da obra é respeitado até o final.
A dinâmica entre os personagens
nunca é falha (dentro de suas limitações visíveis de interpretação), mostrando
que existe bastante química entre os atores, especialmente entre Statham e
Stallone, que são os líderes do grupo. O único que tem uma participação um
pouco menor, em relação aos demais companheiros, é Toll Road (Randy Couture), servindo
quase sempre apenas como vítima das piadas de seus companheiros, principalmente
Gunnar (Lundgren).
As
cenas de ação são grandiosas, porém, o que sobra em balas e explosões, falta, na mesma proporção
em criatividade, pois não há uma “grande cena”, com algo realmente novo. Há também
algumas falhas grotescas nos efeitos visuais, algo imperdoável em produções
dessa natureza.
Já as cenas de luta, com ação
mano a mano, são bastante criativas e divertidas, como a briga no bar, na
igreja e no hangar (todas essas protagonizadas por Statham), uma sequência em
que Jet Li usa panelas como armas, ou a grande luta final, em que Stallone e
Van Damme se enfrentam, usando o repertório de golpes que os transformou em
astros.
Funcionando
como uma grande homenagem aos filmes de ação dos anos 80, os momentos máximos
de catarse são aqueles em que os três maiores astros daquela geração dividem a
tela: Willis, Stallone e Schwarzenegger.
O que deve trazer à cabeça dos produtores daquela época: Como nunca fizemos
isso antes?
Não sei se quero assistir esse filme no cinema. "/ Acho que vou esperar pra assistir em casa mesmo, um diazinho de domingo à tarde, saboreando violência gratuita, like old and good times! :}
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