Depois de tanto tempo, volto a escrever. Não vou mais dizer que vou tentar voltar a escrever, porque tenho certeza que isso não vai acontecer. No entanto, não posso me furtar de escrever algumas palavras sobre essa obra prima de futebol que acabei de assistir: Chelsea x Liverpool, partida de volta pelas quartas – de –final da UEFA Champions League. Desde o jogo Internacional 2 x São Paulo 2 pela final da Libertadores eu não via um jogo tão espetacular. Antes de tudo, obrigado a Chelsea e Liverpool pelo grande espetáculo. Agora o jogo...
O jogo começou um pouco lento, é verdade, mas começou a pegar fogo quando o Liverpool abriu o placar com um gol de grande esperteza de Fábio Aurélio: bateu a falta direto pro gol, quando todos, inclusive o grande goleiro Petr Cech. Pouco depois um penalty correto, porém daqueles que “ninguém marca”, num lance de “agarra-agarra” na área do Chelsea. Xabi Alonso aumentou: 2 x 0, com 28 minutos do primeiro tempo a vantagem do Chelsea quase vai pro espaço. Depois do gol, alteração no Chelsea. Sai Kalou, rápido, mas pouco objetivo. Entra Anelka, artilheiro do campeonato inglês com 15 gols, um pouco mais lento, porém com melhor visão de jogo e trabalho de grupo. Porém, quase que o Liverpool faz 3 x 0 aos 45, num bate-rebate que teve de tudo: defesa, quase gol contra, toque de calcanhar, falta de ataque, revide... e acabou o 1º. Tempo. UFA! 15 minutos pra respirar e ver o que o destino esperava. Seria mais uma virada histórica como a da Final em Istambul, contra o Milan? Ou uma reação heróica do Chelsea? Eu particularmente achava que o Chelsea ia tentar segurar o jogo...Esqueci que o treinador é holandês...
No segundo tempo, parecia outro jogo. O Chelsea muito mais no ataque, indo pra cima, buscando o gol. Que veio aos 7 minutos do segundo tempo, como sempre, Dele. Quando o time mais precisa ( e ele não tem problemas com o técnico, claro), fazendo mais um gol decisivo, mais uma vez contra o Liverpool em Stamford Bridge. Anelka recebeu lançamento de Lampard, foi a linha de fundo e cruzou para Drogba, que com um belo desvio de pé esquerdo pegou o goleiro Reina no contrapé, sem chances. Ele ainda tentou segurar, mas acabou empurrando a bola pra dentro. Chelsea de volta ao jogo. Cinco minutos depois, falta próxima a área. Grande chance com Drogba, Lampard, Ballack, Alex... Como era de longe era pancada. Era pro Alex. Ele soltou o pé, a bola fez uma curva louca e entrou. Golaço! 2 x 2. O Liverpool precisava agora fazer 2 gols até o fim do jogo e não tomar mais nenhum. Porém, depois de um ataque perdido, Ballack intercepta passe de Alonso, lança Drogba que dribla o zagueiro e toca pra trás, pra conclusão de Lampard, completamente livre. Virada em Stamford Bridge!!! O impossível acontece de novo! Aos 22 minutos do segundo tempo. Parecia o fim. Seria o fim se o adversário do Chelsea não fosse o Liverpool. O mesmo que já virou um jogo que perdia por 3 x 0 para ser campeão da Champions. O treinador do Liverpool pareceu ter jogado a toalha, ao tirar o grande Fernando Torres, aparentemente para poupá-lo para o campeonato inglês. Mas ainda tinha mais...
Aos 35 minutos, Lucas (aquele que foi do Grêmio) dá um chute ligeiramente despretensioso, ela desvia em Essien (ele ainda iria se redimir disso) e entra. 3 x 3 . Sem problemas... Ainda poderíamos tomar um gol que não tinha problema. Mas, como sempre, o irritantemente competente Liverpool conseguiu numa bela jogada mais um gol...aos 38 minutos do segundo tempo!!!! Mais um gol e o Liverpool passava de fase, em pleno Satmford Bridge, onde o Chelsea não perde um jogo de Champions desde fevereiro de 2006. 16 jogos! Mas como sempre, o “outro Ele” tinha que dar sua participação para resolver de vez. Grande jogada de Drogba, que não desistiu da bola, e passou para Anelka, que cruzou para trás de encontro a Lampard, que deu um belo chute de primeira, fora do alcance do goleiro Reina. A bola não entrou direto. Não poderia. Seria muito simples pra um jogo dessa magnitude. Bateu numa trave... respiração presa...bateu na outra....coração na mão...e entrou devagariiiiinho... Explosão de alegria em Londres e no meu quarto, sozinho, pulando desesperadamente. Mas não havia terminado...
Aos 47 minutos, um chute de N´gog , que havia entrado no lugar de Fernando Torres, de fora da área. Cech vencido no chão... A bola passa por Alex... Vai entrar... ESSIEN!!! Mergulha de cabeça pra salvar a bola em cima da linha. QUE JOGAÇO!!! Se o Liverpool passasse, teria sido tão justo quanto o Chelsea. Mas, felizmente pra mim, o Chelsea vai às semifinais, para enfrentar um adversário conhecido. O Barcelona, de Messi, Eto, Henry, Daniel Alves. Grande jogo. Grande semi-final, que será resolvida em Londres de novo. Meu palpite? Racionalmente, Barcelona. Mas futebol não é só razão...
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