quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Derrocada alviverde

Do site Lancenet.com.br

Palmeiras: a cronologia do colapso no Brasileirão

Antes perto do penta, Verdão busca vaga na Libertadores em meio ao colapso do time na reta final
Maurício e Obina se desentendem no Olímpico
Maurício e Obina se desentendem no Olímpico (Crédito: Ricardo Rimoli)

Caio Carrieri
Caio Carrieri SÃO PAULO


O destempero apresentado por Obina e Maurício no intervalo da derrota por 2 a 0 para o Grêmio, na última quarta-feira, espelha o momento bastante turbulento pelo qual passa o Palmeiras nesta reta final de Brasileirão.
Reflexo da crise vivida dentro do clube devido aos insucessos da equipe nas rodadas mais recentes do campeonato - conquistou apenas seis pontos dos últimos 27 disputados - , a confusão é o epílogo de uma abrupta queda de rendimento do time, que culminou na perda da liderança após 19 rodadas no lugar mais alto da tabela.
A conturbada situação, porém, não é novidade em 2009 pelos lados do Palestra Itália. Depois das sete primeiras rodadas da competição, um maremoto atingiu a rua Turiassu com a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo, atualmente no Santos.
Na semana seguinte à desclassificação na Copa Libertadores para o Nacional (URU) nas quartas-de-final, no fim de junho, o atacante Keirrison anunciou que estava em negociação com o Barcelona (ESP), o que irritou Luxa, porque, segundo ele, não havia sido comunicado pelo jogador sobre a transferência. Ao decretar que K9 não atuaria mais enquanto estivesse no comando do Verdão, o treinador foi demitido.
Nas setes rodadas seguintes, o excelente desempenho do interino Jorginho acalmou as águas da Barra Funda - venceu cinco jogos, perdeu um e empatou outro. E a despedida do atual auxiliar técnico não poderia ser melhor: goleada de 3 a 0 sobre o rival Corinthians, com os três gols de Obina.
Logo na estreia no banco de reservas do Palestra depois de uma investida frustrada do Verdão em contratá-lo, Muricy Ramalho colocou o Palmeiras no topo do Brasileirão ao vencer o Fluminense por 1 a 0, no dia 29 de julho.
A calmaria perdurou por 13 jogos, até que um empate em 2 a 2 com o Avaí, em casa, deu início ao turbilhão alviverde, que contou, sobretudo, com ausências de peças fundamentais da equipe, como Cleiton Xavier, Pierre e Maurício Ramos, todos no departamento médico.
Da igualdade com os catarinenses até o revés para o Grêmio, o aproveitamento foi de 22,22% dos pontos conquistados - uma vitória, três empates e cinco derrotas.
No último dia 8, após assistir ao árbitro Carlos Eugênio Simon invalidar um gol legítimo de Obina contra o Flu, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo soltou os cachorros e disse que daria uns "sopapos" se encontrasse o "vigarista". Por estas declarações, Belluzzo foi suspenso pelo STJD por nove meses, mas vai recorrer da decisão do Tribunal.
A gota d'agua para o tsunami que escancacaria a instabilidade palmeirense foi a briga no Olímpico que teve Maurício e Obina como protagonistas, demitidos pelo clube já no vestiário do estádio. Além disso, Danilo, um dos líderes do elenco, voltou a disparar contra os companheiros, e Pierre deixou o gramado aos prantos. Da iminente possibilidade de levar o penta e colocar fim ao jejum de 15 sem o título nacional, o Palmeiras tenta recolher os cacos causados pela sequência de frustrações para conseguir terminar o campeonato no G4, garantindo, assim, vaga na Libertadores de 2010. O próximo confronto é com o Atlético-MG, dia 29, no Palestra.

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