sexta-feira, 16 de setembro de 2011

É aí no Brasil que eu quero viver

Não é que eu esteja achando ruim a vida em Santiago.
Não é que eu não goste das pessoas, muito pelo contrário.
Não é que eu tenha ou não tenha problemas com alguém.
Não é que eu ache que o BRASIL é o melhor ou pior em alguma coisa.

É só porque bateu uma saudadezinha, confesso que fertilizada com um pouco de caipirinha, misturada com algumas lágrimas, que quase ganharam vida, recebendo notícias, fotos, telefonemas, e-mails...

Saudade da família, dos amigos, das surpresas, dos cachorros, das PEDRAS NO CAMINHO...

Enfim...

"Estou longe de tudo/De tudo que eu gosto/Dessa terra tão linda/Que me viu nascer.
Um dia me queimo/Meto o pé na estrada/É aí no Brasil/Que eu quero viver.
Cada um no seu canto/Cada um no seu teto/A brincar com os amigos/Vendo o tempo correr.
Quero olhar as estrelas/Quero sentir a vida/É aí no Brasil/Que eu quero viver.
Estou puto da vida/Essa gripe não passa/De ouvir tanta besteira/Não me posso conter
Um dia me queimo/E largo tudo isso/É aí no Brasil/Que eu quero viver.
Isso aqui não me serve/Não me serve de nada/A decisão tá tomada/Ninguém vai me deter.
Que se foda o trabalho/Esse mundo de merda/É aí no Brasil/Que eu quero viver"

De um dos maiores artistas da hitória da humanindade, Oscar Niemeyer.

Grande abraço e fiquem com Deus!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Brasil

Ontem aconteceu algo bastante inusitado aqui em Santiago. Fui com o pessoal daqui da casa a um restaurante japonês, para experimentar o sushi de Santiago. Acho que a escolha do local não foi boa, pois os sushis estavam horríveis! Mas não foi esse o inusitado.

O restaurante fica numa praça, com um espaço interno e algumas mesas na parte externa do restaurante. Ficamos nesse espaço. Sentei na cabeceira da mesa, próximo a uma das brasileiras que também mora na casa. Um homem na rua tocava um instrumento que lembrava uma gaita, mas com o som muito parecido comm o de uma flauta doce.

Este homem ouviu nossa conversa e percebeu que eramos brasileiros. Então disse que iria tocar uma música em nossa homenagem. E começou a tocar "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso. Por alguns segundos, enquanto ouvia aquela melodia tão familiar, minha mente começou a vagar por milhares de lugares ao mesmo tempo. Fiquei ligeiramente emocionado. Não muito, pois ainda não tive tempo de sentir saudades do Brasil a esse ponto.

O que mais me deixou emocionado foi imaginar o impacto que um momento como aquele poderia ter em alguém que está realmente longe de casa a muito tempo, a meses ou anos. Como deveria ser a reação de alguém que teve que deixar para trás família, amigos e tudo mais. Conversei um pouco sobre isso com a minha colega brasileira, e ela também pensou algo parecido.


Aquarela Do Brasil

Ary Barroso

Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá coco
Oi! Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Brasil!
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente
Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Huuum!
Essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Huuum!
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...

Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...

Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...

Oi! Essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro



Grande abraço, e fiquem com Deus!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

En Santiago de Chile!!!

Bom pessoal, cheguei! Quem diria, né? Tirando o cansaço de quase 14 horas de viagem,foi tudo ótimo!

A própria estadia no Aeroporto de Guarulhos, apesar de apenas 4 horas, foi uma pequena aventura. Primeiro, procurando onde ficava o guichê da companhia, depois rodando atrás de uma farmácia. Depois disso, indo até um mcDonalds ( que ficava do outro lado do aeroporto, em relação à farmácia. Durante o lanche, fui avisado pelo altofalante do aeroporto que havia deixado meu RG na farmácia. Ele caiu da carteira e eu não havia percebido!

Fui até o avião e tudo mais, e foi tudo bem tranquilo, sem sobressaltos. O atendente da companhia foi bem legal comigo e não me cobrou pelo excesso de peso das bagagens, graças a Deus. Seriam 120 dólares!!!

O voo foi bem tranquilo, até a travessia pela Cordilheira dos Andes. Não que tenha havido algum problema. Só uma pequena turbulência, mas nada demais. A travessia dura cerca de 10 minutos, mas é simplesmente de tirar o folego! A vista é exuberante.

Vou finalizar esse primeiro post daqui com uma foto tirada de dentro do avião desta paisagem simplesmente inesquecível!



Grande a abraço a todos e fiquem com Deus!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

É hoje!!!

Pois é... Finalmente chegou o dia. Daqui a algumas horas estarei voando para Santiago do Chile. Buscando respostas, conhecimento, novas experiências, imerso numa nova cultura.

Posso estar fazendo drama, exagerando, afinal nem é tanto tempo assim. Mas pra alguém que nunca viveu uma aventura desse tipo, 6 semanas é tempo pra caramba!

Pensei em várias músicas para ilustrar esse post, mas tem uma que coube bem. Todo mundo diz que essa música é a minha cara, e eu realmente gosto muito dela.


No Dia Em Que Eu Saí de Casa
Zezé Di Camargo e Luciano

No dia em que eu saí de casa
Minha mãe me disse:
Filho, vem cá!

Passou a mão em meus cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar

Por onde você for eu sigo
Com meu pensamento
Sempre onde estiver

Em minhas orações
Eu vou pedir a Deus
Que ilumine os passos seus

Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá

Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar

Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar

E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar

A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como ele é

Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria por o pé

E sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade ela jamais saiu

Ela me disse assim:
Meu filho, vá com Deus
Que este mundo inteiro é seu

Eu sei que ela nunca compreendeu
Os meus motivos de sair de lá

Mas ela sabe que depois que cresce
O filho vira passarinho e quer voar

Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me contrariar

E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar


Grande abraço e fiquem com Deus!!!