quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

GOL

Uma característica minha que qualquer pessoa que converse comigo por uns 15 minutos, me dando bastante espaço para falar, percebe, é que eu sou muito fã de cinema e de futebol, não sei qual dos dois em maior grau, talvez hoje o futebol esteja na frente.

Não sou um grande jogador, mas gosto muito de jogar bola, em qualquer lugar, qualquer posição. E cinema também não tenho muitas restrições, gosto de todos os estilos de filme, desde que sejam bem feitos, com boa história, boas interpretações...

O título do post de hoje, faz referência aos dois gostos. Gol é o nome de um filme dirigido por Danny Cannon (confesso que nunca ouvi falar nesse cidadão)), que conta a história de um imigrante ilegal mexicano que é descoberto por um olheiro do Newcastle United da Inglaterra, que o leva a Inglaterra para fazer testes para o time. Pode parecer banal, um filme sobre esportes nunca consegue ser muito diferente no final, mas, como a Lisbela fala no filme, não importa o final, mas como se chega nele.

O filme não é um filme sobre um super atleta que chega para dominar o mercado europeu e ser o novo Pelé. Ele trata mais da construção do personagem e de todo o cresciemnto dele, como ele é apresentado ao time, como vai ganhando a confiança dos colegas de time até chegar ao time principal. E fala também de uma questão importante sobre os jogadores, a vida deles fora de campo. Como mesmo um grande jogador como Ronaldo, ou Beckham (que é ligeiramente retratado no filme como o atacante Gavin Harris), pode afundar sua carreira em baladas, mulheres e, às vezes, até drogas. A propósito, alguns jogadores fazem ponta nesse filme, como Alan Shearer, David Backham, Zidane, Raul...

Uma coisa interessante foi como o filme realmente se mostra para quem conhece algo sobre futebol europeu. Ele não é levado para um time de ponta, como Real Madrid, ou Manchester United para ser a salvação da lavoura. Ele vai para um time médio (apesar da fama, prestígio e poder econômico do time, o Newcastle hoje é um time que praticamente briga para se manter na Primeira divisão da Inglaterra, e não ganha um título nacional desde os anos 50.) Na história do filme o time luta apenas para chegar a uma competição européia.

Enfim, um filme bastante interessante, recomendo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

COMO COMECEI A TORCER PELO PALMEIRAS

Essa história é bem mais antiga que a anterior, porém, com alguns elementos semelhantes. Data do ano de 1993, especificamente o Campeonato Paulista de 93. mas antes gostaria de acrescentar um detalhe: Eu gostava do time do São Paulo, mas não porque torcia para o São Paulo ou algo assim, mas por um motivo muito simples: era o único time que eu conhecia, além do Fortaleza.

Voltando ao campeonato de 93. Foi ali que comecei a ouvir falar de futebol com seriedade, antes só sabia de copa do mundo (não entendia nada, mas sabia que existia) e do mundial de clubes do São Paulo de 92 e da Libertadores de 93. O alviverde chegava a final do campeonato Paulista contra o Corinthians, e tinha a chance de ser campeão depois de 17 anos de fila. O Corinthians havia ganho o jogo por 1 x 0 e jogava pelo empate. Por uma dessas loucuras do futebol brasileiro, o Palmeiras precisava ganhar no tempo normal para levar o jogo para a prorrogação e ganhar na prorrogação, para poder ser campeão.

O Palmeiras tinha um grande time, montado depois da parceria com a Parmalat. Havia ali: Antônio Carlos, que havia sido campeão pelo São Paulo em 91, Roberto Carlos, que depois viria a se tornar um dos maiores laterias da história do Futebol, Zinho, Mazinho, Evair, Edílson, e o maior craque do time, e meu jogador preferido na história: Edmundo.

Como a maioria das pessoas que eu conhecia dizia que o Corinthians já era campeão, fiquei torcendo pelo Palmeiras, só pra ser do contra. Pois bem. O time deu um show, ganhou por 1 x 0 no tempo normal depois fez 4 x 0 na prorrogação e quebrou o jejum (que diga-se de passagem está quase se repetindo). Ali começou minha simpatia pelo Palmeiras.

Pouco tempo depois, houve a final do Rio-São Paulo e mais uma vez Palmeiras e Corinthians disputando o título, e pra variar, mais uma vez o Palmeiras foi campeão. Estava realmente gostando do time. Depois houve o grande tira-teima da minha vida futebolística: São Paulo contra Palmeiras, por um torneio “caça-níqueis” europeu. Fiquei numa grande dúvida, mas depois do jogo estava deicido: a partir daquele dia, eu estaria condenado a ser um palmeirense. Depois disso vieram várias alegrias e tristezas: os brasileiros de 93/94, campeonato paulista de 94, a Libertadores de 95, em que o time foi goleado por 5x0 pelo Grêmio e quase se recupera, mas fez “apenas” 5x1, o time perfeito de 96 que marcou 102 gols no campeonato paulista, a copa do Brasil e copa Mercosul em 98, a Libertadores em 99, infelizmente o rebaixamento em 2002 e a volta em 2003 e agora, pelo jeito, o time agora vai se acertar, e se tudo der certo, sair da fila de 12 anos do campeonato paulista.